sábado, 13 de fevereiro de 2010

UP IN THE AIR

Baseado no livro homônimo, “Up in the air” (Amor sem escalas, 2010), o novo filme do diretor Jason Reitman (Juno, Obrigado por não fumar), narra a historia de Ryan Bingham (George Clooney), um homem de meia idade, frio e calculista, que tem como trabalho viajar pelo país demitindo pessoas de diferentes empresas que precisam reduzir seus custos.

O personagem de Clooney é aquele solteirão convicto que só pensa em seu trabalho e nos benefícios sociais que isso pode trazer. Não se preocupa ou para pra pensar se um dia quer ter uma casa grande, família, ou estar rodeado de amigos. O que gosta mesmo é de estar no ar e ser um hospede exclusivo dos hotéis onde fica. Um de seus maiores sonhos, assim como um objetivo pessoal é atingir a marca de 10 milhões de milhas aéreas, para assim, ser reconhecido com um cartão de exclusividade que apenas sete pessoas no mundo possuem.

Apesar de ter sido escrito previamente a década atual, o filme explora temas extremamente contemporâneos, como a crise financeira e a revolução tecnológica; entre outros, atemporais, como a solidão por exemplo.

Ao longo da historia, o personagem de Clooney vai se deparando com pessoas e situações que o instigam a refletir sobre suas convicções e maneira de viver sua vida, mas de maneira sutil. “Reitman” tem uma vontade, assim como um dom especial para lidar com questões conflituosas de uma maneira leve, não-transgressora.

Dependendo do ponto de vista, o filme pode ser considerado ótimo, pela sutileza em como o diretor explora certos paradigmas; ou apenas outro filme de entretenimento, pois essa finura toda de “Reitman”, apesar de uma habilidade extremamente util para atenuar - na composição de um filme - temas controversos para poder direciona-lo praticamente a qualquer segmento de publico, acabou transformando a película em questão numa obra fria e pouco inspiradora a reflexões.

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