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Apresentada de forma inusitada, com referências e ilustrações interativas que esboçam como nossa língua é formada, a exposição
"Menas: o certo do errado, o errado do certo",
tem tudo a ver com os conceitos-idéias que o museu sempre se propôs a retratar e reverenciar: o imenso e diverso universo da língua portuguesa, a enorme quantidade de pessoas e regiões que a falam, mostrar os erros linguísticos mais comuns cometidos pelas pessoas, e principalmente, o processo de renovação existente na língua através da fala cotidiana. O que também pode ser conferido em parte das exposições estáticas do museu. Para saber mais clique aqui para entrar no website da exposição.
Entretanto, o que mais me chamou atenção (e o que quero compartilhar aqui) foi esse pequeno texto (foto) situado logo na entrada da exposição.
Além de ser uma ótima introdução - que contribui para uma melhor recepção-interpretação das obras do espaço, o texto apresenta brilhantes observações e/ou dicas que podem ser extremamente utéis e pertinentes para praticarmos em nosso dia a dia, ampliando nossa "ótica" não só na observação da língua, mas do nosso mundo.
Segue abaixo, o texto (transcrito), marcado em negrito, ou sublinhado, as passagens em que sua relevância transcende o contexto da exposição.
"Falamos um idioma de modo altamente espontâneo. É como dormir ou comer. E quando tentamos analisar a língua com que nos comunicamos, muitas vezes essa analise é mediada por conceitos predeterminados, como lentes que podem aumentar, encolher, embaçar, distorcer nosso olhar e nossa compreensão. Dessa forma, não podemos enxergar nada alem do obvio.
Mas nosso olhar sempre deseja mais e nossa experiência de falante da língua se depara a todo tempo com mais e mais criatividade, diluindo nossas certezas. E há uma miríade de possibilidades.
As perguntas que ficam são: através de quais lentes olhamos para o mundo? A partir de quais conceitos entendemos nossa língua?
Convidamos a todos que deixem de lado os juízos prévios, as opiniões cristalizadas, os julgamentos habituais, e estendam o olhar para as novas variações e experimentações sobre as quais a linguagem se constrói.
Sempre há uma nova forma escondida em meio ao visível. Por isso, experimente novos óculos, novas lentes e caminhe pela exposição em busca do que até então era imperceptível. Isso nos levará a descobertas curiosas, numa aventura em que o “certo” e o “errado” se enlaçam, complementando-se."
PS: Fuja do obvio - Permita-se a novos olhares - Abra-se...
e consequentemente, enxergara um novo mundo com menos, ou menas :) regras e infinitas possibilidades.
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